Razão em temor
Razão em temor
Sonhara-a com a força do meu amor!
Digno, latente, à pureza do teu coração...
Latejante na alma, fasto, vil, sem razão
Do medo que te gasta, por esplendor!...
Viverdes assim, sobre o bálsamo da flor...
Fragrância consumida; no peito é vulcão
As verdades quentes que ampara em vão
Sobre os riscos nostálgicos, sem pudor!
Afagara-a as lembranças do teu passado
Envolvendo o teu afeto vivo desgastado
No profundo sentir do teu corpo quente!...
E, entre a miserável razão de um amar...
Dos desejos, dos sonhos, que vos revelar,
Far-me-ei do temor intenso, descontente!...
(Poeta- Dolandmay)