NAS CINZAS DO PASSADO
Nas cinzas do passado ia o poeta
Visitando os amores já esquecidos.
Bramia o mar em sua dor secreta
E o vento já rompia em seus rugidos.
A natureza e o poeta sonhador
Numa simbiose pura e tão sublime
Procuravam o bálsamo do amor
Que a dor do coração sempre redime.
Irmanados no altar da liberdade
Encontram na emoção da poesia
O néctar da florada da saudade
Em solução plausível da alquimia.
Então a poesia e o sonhador
Não separaram nunca mais do amor!