O MENINO E O POETA
O menino que eu fui, em mim ‘inda mora
No berço coração. Se ele adormece
Em sonho pueril quando anoitece,
No dia o tenho n’alma a toda hora.
Se da mi’a vida a infância foi-se embora
-Pois que num curto estágio ela acontece -,
Adulto, sou criança que carece
Do menino que em mim desperta agora.
Pois ser poeta também é ser criança
Inocente ao assédio de uma musa
Sedutora de mim, deste menino
Que a vida me preserva na lembrança
Com a poesia que não me recusa
Pra que se cumpra em mim o meu destino.
Valeu, crianças! Parabéns pela data!
Brasília, 12 de outubro de 2009
O menino que eu fui, em mim ‘inda mora
No berço coração. Se ele adormece
Em sonho pueril quando anoitece,
No dia o tenho n’alma a toda hora.
Se da mi’a vida a infância foi-se embora
-Pois que num curto estágio ela acontece -,
Adulto, sou criança que carece
Do menino que em mim desperta agora.
Pois ser poeta também é ser criança
Inocente ao assédio de uma musa
Sedutora de mim, deste menino
Que a vida me preserva na lembrança
Com a poesia que não me recusa
Pra que se cumpra em mim o meu destino.
Valeu, crianças! Parabéns pela data!
Brasília, 12 de outubro de 2009