Aurora pantaneira
Edir Pina de Barros

 
Meu pantanal! Cenário igual ao teu não há!
Taiamã, garça, águia, quero-quero, anu,
tachã, jacu, socó, jaó, xexéu, biguá,
urubu-rei, nhambu-chintã, pajéu, japu,
 
tuiuiu, trinca-ferro, amassa-barro, arara,
mutum, graúna, anhuma e outras aves tantas,
e existe em seus recantos muita coisa rara,
as garças sobre os lombos dos cavalos, antas.
 
E aos seus ninhais retornam quando a tarde caí
fazendo grande farra buscam seu descanso,
e juntas vão piando até o sol sumir.
 
Depois de tudo não se escuta mais um aí
e a lua cor de prata tinge o lago manso,
e tudo fica assim até o sol surgir.
 
Cuiabá, 11 de Outubro de 2009.

Poesia das Águas, pg. 37
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 11/10/2009
Reeditado em 16/07/2020
Código do texto: T1860721
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