O poeta e a lira
Poeta que é poeta, bem sozinho tange
A lira...E que, gemendo, um verso logo tira...
Mantendo o fogo frágil dessa etérea pira,
Maneja e risca a folha com seu fino alfanje!
Que seu avesso mostra e nunca se constrange,
Que a própria dor escava e então assim delira,
Que sorve o amargo fel de sua própria ira,
Buscando, só, ouvir a dor que dentro plange!
Poeta faz do fel um verso belo e denso,
Na sua imensa lavra busca e então inscreve,
Com sangue, o verso no papel vazio e triste!
Poeta é aquele que feliz e infenso,
Falar da vida, morte, tudo, enfim, se atreve!
E sem poeta o som da lira não existe...
Poeta que é poeta, bem sozinho tange
A lira...E que, gemendo, um verso logo tira...
Mantendo o fogo frágil dessa etérea pira,
Maneja e risca a folha com seu fino alfanje!
Que seu avesso mostra e nunca se constrange,
Que a própria dor escava e então assim delira,
Que sorve o amargo fel de sua própria ira,
Buscando, só, ouvir a dor que dentro plange!
Poeta faz do fel um verso belo e denso,
Na sua imensa lavra busca e então inscreve,
Com sangue, o verso no papel vazio e triste!
Poeta é aquele que feliz e infenso,
Falar da vida, morte, tudo, enfim, se atreve!
E sem poeta o som da lira não existe...