Dor que dança
Dor que dança
Caminhando na praia, aflora a sensibilidade
Sinto-me num penhasco rodeada de imagens
Que chegam travessas e decolam nas aragens
Deixando a mente em caos distante da realidade
O por do sol ofusca-me, choro como realejo
Meu coração é rio caudaloso de emoções
Numa odisséia sem juízo de sensações
Repousando num poço confuso de desejo
Trago a alma inquieta revestida de esperança
Mas o tempo caprichoso não te trará de volta
Meus braços seguirão vazios ao abrir a porta...
O arrepio em minha pele é a dor que dança
A despedida faz a paixão oprimida sonhar
O sonho de quem se foi para junto do luar.
Norma Bárbara