Faces da dor V
Vós que olhais minha face sorridente
Mal sabe a solidão que eu carrego!
Deste sentir que tanto eu renego...
Rouba minha alma e corpo cruelmente...
Mesmo sem ter motivo que aparente
Para tal sofrimento que é um prego
Na alma!... Esqueça ou traga-me aconchego!
Tudo o que me dissestes é incoerente,
Se fosse amor não traria-me tamanho
Desgosto que desdenha tudo ao redor
Como ovelha perdida do rebanho
Clamando uma fagulha de esperança
Relutante de tanto ódio e amor
Que no meu peito se torna um desmaranho...