Vaidade
Estendo as minhas mãos, mas tu não vês,
o gesto que te diz que estou presente
nas horas mais difíceis que, mormente,
são bem repletas deste amor cortês...
E fel somente tens, igual serpente,
estás tão só, em ti, sequer, tu crês,
e assim tu ficas, horas, dias, mês,
deixando que essa dor, em ti, se aumente.
Vaidoso, não permites que te ajude,
preferes ruminar o orgulho teu,
e finges que não vês as minhas mãos.
Um dia vai romper o teu açude,
mas não verás, então, o rosto meu,
enfim, parti, cansada dos teus nãos.
Edir Pina de Barros
Brasília, 10 de outubro de 2009
Estendo as minhas mãos, mas tu não vês,
o gesto que te diz que estou presente
nas horas mais difíceis que, mormente,
são bem repletas deste amor cortês...
E fel somente tens, igual serpente,
estás tão só, em ti, sequer, tu crês,
e assim tu ficas, horas, dias, mês,
deixando que essa dor, em ti, se aumente.
Vaidoso, não permites que te ajude,
preferes ruminar o orgulho teu,
e finges que não vês as minhas mãos.
Um dia vai romper o teu açude,
mas não verás, então, o rosto meu,
enfim, parti, cansada dos teus nãos.
Edir Pina de Barros
Brasília, 10 de outubro de 2009