Conversa íntima!
Abri-me com carinho, lede-me, vos peço,
sorvendo cada letra, escrita neste ninho
de versos, como se faz com o antigo vinho,
que neste livro - fina taça - te ofereço!
De minha entranha arranco os versos que aqui teço,
São gotas d’alma que chorando bem baixinho,
Respingam nestas folhas, com paixão, carinho,
De minha vida, mil pedaços, que forneço...
Nas vossas mãos eu sou igual a fina bolha,
Que ao toque bruto pode se romper ligeiro,
Eu quero o vosso amor, a vossa grande estima!
E com cuidado, ide em cada canto e folha,
Porque sou todo vosso, sem temor, inteiro,
Em cada verso, cada ponto, cada rima!
Abri-me com carinho, lede-me, vos peço,
sorvendo cada letra, escrita neste ninho
de versos, como se faz com o antigo vinho,
que neste livro - fina taça - te ofereço!
De minha entranha arranco os versos que aqui teço,
São gotas d’alma que chorando bem baixinho,
Respingam nestas folhas, com paixão, carinho,
De minha vida, mil pedaços, que forneço...
Nas vossas mãos eu sou igual a fina bolha,
Que ao toque bruto pode se romper ligeiro,
Eu quero o vosso amor, a vossa grande estima!
E com cuidado, ide em cada canto e folha,
Porque sou todo vosso, sem temor, inteiro,
Em cada verso, cada ponto, cada rima!