DESAFIO
 

Que me venham os sóis causticantes
Ou os dias de intensa tempestade
Que fuja da noite, toda a claridade
Que me tome a pele, o frio instigante

Que seja a vida uma aventura errante
Que dos meus olhos fuja a luminosidade
Que me tome o peito, uma imensa saudade
Pois tudo posso, em teu jeito intrigante

O que não posso, meu amor, é ficar só
È ver fluir a vida como sendo pó
Que o vento leva ao seu cruel capricho

 

Pois sem ti eu fico só, desamparada
E qualquer outra dor é uma piada
Fico acuada, faminta... Como um bicho...