Monólogo
Por onde caminhar? Caminhos já não tenho!
E morta está em mim a chama desta vida,
cansei de tanto amar, cansei de minha lida,
viver, também, não sei, no mundo vil, terrenho.
Por que assim fiquei? E, triste, me mantenho?
De mim estou distante, estou demais perdida,
caminho, assim, ao léu, tristonha, só, ferida,
perdi os sonhos meus, e nada mais detenho.
E os pobres versos meus? Pergunto-me também:
será que vão ficar no fundo desses poços?
Será que vão morrer, depois de tempos idos?
E a sombra de quem fui? Será, de mim, refém?
Depois? Depois não sei! Em meio aos meus destroços
decerto vão achar os sonhos meus perdidos.
Cuiabá, 9 de Outubro de 2009.
Seivas d'alma, pg. 55
Por onde caminhar? Caminhos já não tenho!
E morta está em mim a chama desta vida,
cansei de tanto amar, cansei de minha lida,
viver, também, não sei, no mundo vil, terrenho.
Por que assim fiquei? E, triste, me mantenho?
De mim estou distante, estou demais perdida,
caminho, assim, ao léu, tristonha, só, ferida,
perdi os sonhos meus, e nada mais detenho.
E os pobres versos meus? Pergunto-me também:
será que vão ficar no fundo desses poços?
Será que vão morrer, depois de tempos idos?
E a sombra de quem fui? Será, de mim, refém?
Depois? Depois não sei! Em meio aos meus destroços
decerto vão achar os sonhos meus perdidos.
Cuiabá, 9 de Outubro de 2009.
Seivas d'alma, pg. 55