AOS SILENCIAREM OS SINOS

A minha vida é quase um convento
Cheia de claustros sonhos e solidão
Onde também está meu coração
Aonde também escondo sofrimentos.

Rumorosos sinos de antigamente
Silenciaram ha tempos sem ilusão
Embora os sonhos bem como a emoção,
Sejam por mim ninados tão somente.

Num acalanto de sussurro doce
Eu me debruço para não sofrer
Como no tempo que meu canto trouxe...

Sigo cantando para adormecer
Sem perguntar sequer para onde foste
Ó tempo, ó sonho antes de amanhecer!...

Brasília, DF
08/10/2009