Taciturno

Passo calado e escuto o murmurar

Das pessoas que me olham com desdém:

- Como ele é feio, e estranho o seu olhar!

Certamente é um pobre sem ninguém...

Tácito, continuo o caminho... além...

Abraça-me a noite fria... o luto e o luar.

Preso num vazio que tudo contém:

(Dor... angústia... ânsias... solidão e azar!...)

Não ter ninguém pra contar meus segredos!

Viver sozinho com meus próprios medos

A volver-me à solidão que me resta...

Como um passarinho preso na gaiola

Triste... pálido... “ermo”... – Quem o consola? –

Lembrando a liberdade da floresta...

(Ano 2006/07. Data mais provável)