Minh’alma andeja
 
Por essas rotas sem fim,
palmilha minha alma andeja,
vive à procura de mim,
desta humilde sertaneja;

e depois de tudo, enfim,
de enfrentar tanta peleja,
feito um anjo, querubim,
a minha lira maneja;
 
e toca bela canção,
que, calmamente, dedilha,
comigo caminha, trilha;

de mim não desiste, não,
arpeja meu coração
solitário mar sem ilha.
 
Cuiabá, 7 de Outubro de 2009.

Livro: REALEJO, p. 33
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 07/10/2009
Reeditado em 25/07/2020
Código do texto: T1853186
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