AMOR ANTIGO
Um amor outonal, arrefecido
Esfomeado de emoções, famélico
Ninho de conflitos roçando o bélico
Resistindo vai, mesmo esmorecido.
E desse amor, embora combalido
Nascem momentos com um travo angélico
Crê-se reconquistar o amor perdido
Um amor longo, psicadélico.
Assim vão gastando sua existência
Em um desamor de amor disfarçado
Negando assumir tamanha evidência.
Resta o amor antigo, desgastado
De emoções fortes, feito, e paciência
Aceitando o destino, o triste fado.