MEU NOME
A alcunha predatória que carrego vai além mar,
Cruza terra, tempo, fronteira.
Surgiu do mundo novo e desta maneira,
Todos estão a me chamar.
Da massa de homens de que sou composto,
Do assalto, do escambo, da rapina,
Extrai meu nome e quem sabe minha sina,
Extrai riquezas e assim exposto,
De índio, ilhéu e gentil fui chamado,
Caldo de raças, em mistura sou formado,
Do velho ao novo, do mundo inteiro.
Pelas mãos brutas da história,
Surge, pois, a gota civilizatória,
E nesta gota, sou brasileiro.
Drakkar