Natura

O escorpião almejava outro Universo;
A rã -, um pote de inocência pura!...
O rio refletia a imagem da lua;
Na travessia infame -, insistia o perverso...

- Mas a morte será traiçoeira e certa,
Redargüiu a rã com pureza nua.
- No entanto, urge conhecer a outra rua,
Disse o artrópode com falácia esperta.

De posse da carona bendita,
O golpe foi certeiro e maldito;
A gota letal exibiu o seu prazer!...

- A minha vida é um vendaval,
A natureza é sábia e real;
- Disse o escorpião, vendo a rã falecer!


Ribeirão Preto, 22 de maio de 2003.
10h15min.
Machado de Carlos
Enviado por Machado de Carlos em 04/10/2009
Reeditado em 19/05/2012
Código do texto: T1846893
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