Minhas estações II
Meu outono cheira mágoa nestas folhas
Que florescem regadas com lágrimas
Chega meu tão frio inverno sem escolhas
Transforma-se em chuva de cristalinas
Partículas e que o vento te recolhas
Sobre o manto sagrado das mãos divinas
Se pelo meu trabalho ganho bolhas...
Se eu não tenho nada que te fascinas
Se o tesouro que tenho é minha poesia
Mas se não trago agrado aos teus olhos
Sinto apenas o soprar desta maresia
Que exala do perfume das colhidas
Flores que não murcharam em seus galhos
Que apenas enfeitam o chão esquecidas...