Agosto

Às vezes não se vê os doces momentos,

Aqueles que te marcam por toda uma vida,

Que são o suporte das lamentações nos tempos,

Em que se questiona porque não ter tido outro dia.

É! Meu Agosto se foi e o setembro também,

Mas ainda vive em minha memória uma semana

De amor como nunca eu tive ou em que vivi tão bem,

Eram horas de prazer insaciável, de ternura, de nirvana.

Teu colo foi meu, tua pelve meu abrigo, teu busto descanso,

Da minha exaustão de tanto ter te amado o quanto eu pude,

Por mais efêmera que tenha sido a passagem em teu remanso.

Como queria ter me arrependido por todo o prazer vivido,

Porém este, hoje, é o fogo que me arde, o calor que me anima,

A recordação ou algo próprio só meu e que de tudo não divido.