Cadeira de Balanço

Cadeira de Balanço

Sob o alpendre uma antiga cadeira de balanço

Onde sentada ouço inquieta o pio da coruja

Vendo a roda d’água, sem uso, que enferruja

Num monótono vai e vem sem descanso

Noite alta, estrelas reluzentes de ilusão

Arrogante, o vento traz teu cheiro

Como se fosse ele audacioso cancioneiro

Arrancando da viola gemidos de paixão

A espera ingrata faz uma lágrima verter

Deslizando até os lábios rubros a tremer

Desejando de teu beijo ardente o sabor...

Numa manha solene que faz estremecer

O balanço de mais uma noite se foi sem saber

Que levou consigo mais um sonho de amor

Norma Bárbara

Norma Bárbara
Enviado por Norma Bárbara em 01/10/2009
Código do texto: T1841717
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