Cadeira de Balanço
Cadeira de Balanço
Sob o alpendre uma antiga cadeira de balanço
Onde sentada ouço inquieta o pio da coruja
Vendo a roda d’água, sem uso, que enferruja
Num monótono vai e vem sem descanso
Noite alta, estrelas reluzentes de ilusão
Arrogante, o vento traz teu cheiro
Como se fosse ele audacioso cancioneiro
Arrancando da viola gemidos de paixão
A espera ingrata faz uma lágrima verter
Deslizando até os lábios rubros a tremer
Desejando de teu beijo ardente o sabor...
Numa manha solene que faz estremecer
O balanço de mais uma noite se foi sem saber
Que levou consigo mais um sonho de amor
Norma Bárbara