Insanidade
 
Despetalei a branca margarida,
a perguntar se tu me desejavas,
se, por ventura, ainda tu me amavas,
tal como te amarei por toda a vida;
 
espetalei-a toda, entristecida,
a imaginar que tu nem te lembravas
de mim. E que jamais, sequer, sonhavas
que a tua ausência causa-me ferida.
 
A branca margarida desfolhei,
movida pela ânsia da saudade,
da intraduzível dor de te perder.
 
E quando, de repente, o chão olhei,
e vi-a morta ...Quanta insanidade,
pois tu é que devias responder.
     
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 30/09/2009
Reeditado em 04/01/2013
Código do texto: T1840932
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