Soneto para minha tristeza
Tere Penhabe
Sou presa fácil da incredulidade,
Pelo que vejo escrito no destino,
Tal qual a travessura de um menino,
Que só sabe fazer barbaridade.
Se creio... o que resulta é ingenuidade,
E tudo que eu começo, não termino,
Acabo sendo um triste peregrino,
Constantemente em busca da verdade.
E a culpa se rebela em minha mão,
A fustigar meus sonhos mais queridos,
Que seguem tropeçando, doloridos...
Da vida, quero agora, só perdão...
Pela tristeza insana em minha porta,
Que só faz mal já que a ninguém conforta.
Santos, 28/09/2009
www.amoremversoeprosa.com
"Desconfia da tristeza de certos poetas.
É uma tristeza profissional e tão suspeita
como a exuberante alegria das coristas."
(Mario Quintana)