Succubus

Mulher, demônio, encarnada entropia

Anseio-te, desejo-te, insanamente

Em meus sonhos, beijo-te a pele fria

E acordo queimado por tua boca ardente

Amaldiçôo toda noite minha cama vazia

Tremo de frio e febre, e tão somente

Furto-me de remedia-las com uma sangria

Pois me trazem tua lembrança novamente

Quando me uni à tua carne, eu tinha febre

fez se em brasa tua tez fria como mármore

E tingiu-se em carmesim, o alabastro

Sangrou a lua, prevendo iminente desastre

Compadeceu-se de mim aquele brilhante astro

Quando saíste da minha presença sem deixar rastro.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 29/09/2009
Reeditado em 29/09/2009
Código do texto: T1837918
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