Um pensamento
Se eu vivo tão somente em pensamento
Que poderei reclamar do ser amado?
Se por amor devo viver destroçado
Lanço-me neste sórdido sem tento...
Como é que posso falar de tormento,
Se eu é que o tenho sempre procurado?
Logo mereço viver perturbado
Mendigando por um pouco de alimento!
De repente não mais que de repente,
De mim por um só minuto estar ausente,
Seria amargo ou feliz? Preso ou livre?
Se for para de amor eu sofrer tanto,
Deus! Então que eu morra para sempre!
E eternizar no céu tão pulcro Canto!...
Carlos Barbosa, 28 de setembro de 2009