ODE AO AMANHECER
Quem dormita demais nunca descansa,
nem sente o orvalho da manhã serena
e descobre mais braba a “vida mansa”,
e a vida curta fica mais pequena.
Na radiosa manhã há uma dança,
o sol desponta, colorindo a cena;
o mundo todo volta a ser criança,
e a passarada brinca em cantilena.
No caleidoscópio de um aurorescer,
há um desfile de cores cambiantes,
porque Deus fez as cores infinitas.
E quem dorme demais deixa de ver,
essa luz rosicler, tão fascinante,
que em palavras não pode ser descrita.