A U R O R A
Será pecado gastar hora em contemplação ?
Entregar-se à embriaguez e ao espanto ?
Sacrilégio insano penso, desperdiçar-se em pensamento
Quando Sabiá na manhã reclama atenção
Aos Curiós, Bem te vis, em sublime canção
Anunciando Primavera e encantamento !
Desperta mais cedo dia em oração
Inexiste tempo ao lamento
No bocejo da aurora abre-se a flor do coração
Renascimento anunciado
Olhar, ouvido, enfim sentidos impregnados
É tempo de viver aluz cinado
De amor pelos seres iluminados
Que em inocência conduzem-nos à compreensão