MUSA
Musa que moras nos jardins de Adônis
Diva solene que o poeta inspira
No verso d’ouro o adorno de safira,
Por Deus, eu peço: não me abandones!
Se te roga este poeta e não respondes
Vendaram os olhos teus ao que assistira
O negro véu do ciúme matou a lira
E a minha inspiração. Por que te escondes?
Não vês que a vida enfim pra mim só basta
Um verso a ungir pungindo-me os desejos
Com alma pura a fé em mim professa?
Se a musa do poeta se afasta
Deixa em mi'a boca o gosto dos desses beijos
Importa-me outra vida, já não essa.
Musa que moras nos jardins de Adônis
Diva solene que o poeta inspira
No verso d’ouro o adorno de safira,
Por Deus, eu peço: não me abandones!
Se te roga este poeta e não respondes
Vendaram os olhos teus ao que assistira
O negro véu do ciúme matou a lira
E a minha inspiração. Por que te escondes?
Não vês que a vida enfim pra mim só basta
Um verso a ungir pungindo-me os desejos
Com alma pura a fé em mim professa?
Se a musa do poeta se afasta
Deixa em mi'a boca o gosto dos desses beijos
Importa-me outra vida, já não essa.