O Soneto Imáculo – D’o Ergásto
O Soneto Imáculo
– D’o Ergásto
As penas quais escrevem em ermo
São belas pela sua pureza
virginal de simples e ingênua beleza
no escrever de um tudo, guardado em segredo.
E segue no seu dever pudico, ledo
de manter a doce, cândida sutileza
da mão tênue na certeza
Do alegrar de alguém com seus escritos perfeitos.
Não há o querer de ter se visto, pobre medo
do manter-se desconhecido em meio ao negro
véu taciturno da singeleza
Tida como indigna ao orgulhoso – Tolo devaneio.
Posto o único e realmente verdadeiro
escrever, é o livre das ignomínias,
das impurezas!