Lágrimas da inocência
I
Olho tua formosura, oh menina!
Meu tão grácil pecado e demência
Como lobo desejo tal inocência,
Numa ardência louca e ferina...
Brando olhar por inteiro me domina,
Meu desejo na beira da iminência
Esqueceu dos limites da decência,
Nas noites tal qual ave de rapina
Sobrevôo tal essência na espera
Do florescer da révora suprema,
Ver lágrimas de prazer no semblante
De menina virando terna amante,
Selar voraz desejo que me ardera
Nos versos carinhosos de um poema...
Carlos Barbosa, 26 de Setembro de 2009.