Lágrimas da inocência

I

Olho tua formosura, oh menina!

Meu tão grácil pecado e demência

Como lobo desejo tal inocência,

Numa ardência louca e ferina...

Brando olhar por inteiro me domina,

Meu desejo na beira da iminência

Esqueceu dos limites da decência,

Nas noites tal qual ave de rapina

Sobrevôo tal essência na espera

Do florescer da révora suprema,

Ver lágrimas de prazer no semblante

De menina virando terna amante,

Selar voraz desejo que me ardera

Nos versos carinhosos de um poema...

Carlos Barbosa, 26 de Setembro de 2009.

Joselito de Souza Bertoglio
Enviado por Joselito de Souza Bertoglio em 26/09/2009
Reeditado em 26/09/2009
Código do texto: T1832507
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