MINHA TRISTEZA É O AMOR

Em sei que me desperta a ingrata empresa

Dos fartos sentimentos, eu preciso

Malgrado meu desejo e meu juízo

Por fim nessa penúria, e essa tristeza...

O hálito que a brisa em mim bafeja

Das tardes, nos meus vícios costumeiros,

Nas horas pensativas, derradeiras,

Inflama os meus pálidos desejos.

É nessas horas que eu reflito em tudo,

Nem vejo o mar defronte de meus olhos,

O mundo é minha alma em que estou mudo.

Penso na vida, penso no amor,

Que amor há em mim? Triste fadário,

E o amor é a tristeza e meu calvário.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 25/09/2009
Reeditado em 25/09/2009
Código do texto: T1831546