MINHA TRISTEZA É O AMOR
Em sei que me desperta a ingrata empresa
Dos fartos sentimentos, eu preciso
Malgrado meu desejo e meu juízo
Por fim nessa penúria, e essa tristeza...
O hálito que a brisa em mim bafeja
Das tardes, nos meus vícios costumeiros,
Nas horas pensativas, derradeiras,
Inflama os meus pálidos desejos.
É nessas horas que eu reflito em tudo,
Nem vejo o mar defronte de meus olhos,
O mundo é minha alma em que estou mudo.
Penso na vida, penso no amor,
Que amor há em mim? Triste fadário,
E o amor é a tristeza e meu calvário.