QUANTA SAUDADE!

Ah! Saudade que trago no fundo da alma

quando junto com meu pai pescava no rio;

o cascudo amarelo era o desafio

rebola na ponta do arpão e a água espalma.

O mandi na água suja – inda hoje me rio -

das cambalhotas que dava... e não se salva!

gemia, o pobre, e fisgava a mãozinha alva;

quase foge pra água - essa foi por um fio!

Há tantas coisinhas miúdas, não têm conta,

que na hora que acontecem têm pouca monta

... mas delas fazemos a nossa existência.

Toma bem nota, tu guri e tu guria

das coisas miúdas do teu dia-a-dia

... isto é crescimento; isto é vivência.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 25/09/2009
Reeditado em 07/10/2009
Código do texto: T1830219
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