A Primeira Voz
A Primeira Voz
Por toda a noite a voz se estendeu...
Gritos desesperados, alma dormente
Dum poeta infectado, perdidamente
Sussurrando nas trevas, se prendeu!
E, num gemido profundo enfureceu
A dor dos hipócritas, e tanta gente,
Com o cerne em fogo, dormente...
Aos olhos dos idolatrados se rendeu!
E quanto mais escura a noite torna...
Mais as lágrimas dos olhos, morna
Escorres as faces tímidas recolhidas!
Depois de tanto nas trevas se acalma,
Enche de orgulho o Poeta na alma
Ao ver aos prantos as vozes perdidas!
(Poeta- Dolandmay)