QUANDO A SAUDADE BATE

Bate a saudade à minha porta

Adentra trazendo sua bagagem

Toma conta do meu quarto e emborca

A taça da tristeza com gosto de ferragem.

Apossa-se enchendo de vazio minha rota

Sem bússola, sem roteiro de viagem...

Neste quarto de hotel a andar trôpega e torta

Minha lucidez embaça sem coragem.

Os meus... Tão distantes agora...

Em outros rumos, caminham embora...

Haja no peito esta saudade latente.

A queimar dentro do meu peito

Que todo o tempo corrói-me deste jeito

Como larva a derramar de um vulcão ardente.

Medicilândia, 11/05/08 – 14h20

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 21/09/2009
Código do texto: T1823560
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