QUANDO A SAUDADE BATE
Bate a saudade à minha porta
Adentra trazendo sua bagagem
Toma conta do meu quarto e emborca
A taça da tristeza com gosto de ferragem.
Apossa-se enchendo de vazio minha rota
Sem bússola, sem roteiro de viagem...
Neste quarto de hotel a andar trôpega e torta
Minha lucidez embaça sem coragem.
Os meus... Tão distantes agora...
Em outros rumos, caminham embora...
Haja no peito esta saudade latente.
A queimar dentro do meu peito
Que todo o tempo corrói-me deste jeito
Como larva a derramar de um vulcão ardente.
Medicilândia, 11/05/08 – 14h20