APOLOGIA AO POETA-ESCULTOR

Na gênese de toda criação

a verve do poeta em bruto estado:

a pedra com contorno a ser moldado

espera do escritor lapidação.

Os versos vão surgindo qual canção,

destreza do seu estro abençoado,

imagem no papel, texto acabado

exprime seu sentir, seu coração.

Dotado de um amor e de talento

constrói a estrofe, tem desenvoltura.

Poema pronto, seu contentamento.

Consegue na tristeza pôr doçura,

relata com leveza um sofrimento,

transforma poesia em escultura.