A MISSÃO

A MISSÃO

Eram dois de dezembro, terça-feira,

(Contava minha mãe quanto chovia).

Na janela, a cegonha, a luz eu via

Aquela tarde pela vez primeira.

Certamente chorei. É brincadeira

Encarar este mundo que arrepia?

Entretanto, imagino a poesia:

As fraldinhas, aquela choradeira!

Como é doce o raiar de nova vida!

Como é linda a manhã, quanta esperança!

O pai meio bobão, mãe comovida...

Comentário geral na vizinhança.

Não sabemos, porém, qual a medida

Da missão que carrega uma criança.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 20/09/2009
Código do texto: T1820408
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.