Canto indígena
A minha aldeia, lá nos meus rincões,
tem doce cheiro de urucum, pequi,
doces perfumes que não tem aqui,
uma Nação, em meio a mil nações;
tem seus valores, próprias tradições,
que até agora nunca me esqueci,
e trago n’alma as coisas que aprendi,
os ritos, mitos, fontes de emoções;
a nossa língua, prenhe de valor,
segreda tanta história, pajelança,
cantigas que atravessam gerações;
meu povo também sente grande dor,
lembrando-se dos tempos de bonança,
sem mortes, genocídios, invasões.
Cuiabá, 20 de Setembro de 2009.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 34
A minha aldeia, lá nos meus rincões,
tem doce cheiro de urucum, pequi,
doces perfumes que não tem aqui,
uma Nação, em meio a mil nações;
tem seus valores, próprias tradições,
que até agora nunca me esqueci,
e trago n’alma as coisas que aprendi,
os ritos, mitos, fontes de emoções;
a nossa língua, prenhe de valor,
segreda tanta história, pajelança,
cantigas que atravessam gerações;
meu povo também sente grande dor,
lembrando-se dos tempos de bonança,
sem mortes, genocídios, invasões.
Cuiabá, 20 de Setembro de 2009.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 34