ISOLADAmente
Foi necessário renunciar a tudo
E as lembranças romper em definitivo!
Incinerar teu verso límpido e vivo
Escarnecer desse amor e torná-lo mudo!
A contragosto recolocar o escudo
E numa falsa atitude ser altivo!
Purificar o desejo irreflexivo
Escolher as emoções às quais aludo!
Meu olhar não será mais um mar fecundo
Pois, me profanei num ato tão impensado!
Fosse o corpo; mas, é o sonhar maculado
A gritar forte: és somente o verme imundo!
Desabaram, em mim, os escombros do mundo
Tornando-me apenas espectro desprezado!