Sombra Errante
Há sombra que, durante a noite, vaga
por entre os véus de estrelas, suas redes,
distante deste mundo, como vedes,
cumprindo, sempre, o seu destino, saga.
Por entre os astros, erra em noite fria,
sem ter consigo a paz, que tanto busca,
o parco brilho, a lua apaga, ofusca,
tornou-se tão cinzenta e tão vazia.
O espaço noturnal a destitui
de tudo, até de encantos e esperança,
deixando-a, assim, errante, obscura, só.
Nas suas próprias rendas se dilui,
e dela não se vê os tons, nuanças,
na noite se resume a mero pó!
Cuiabá, 19 de Setembro de 2009.
Livro: Sonetos Diversos, pg. 50
Há sombra que, durante a noite, vaga
por entre os véus de estrelas, suas redes,
distante deste mundo, como vedes,
cumprindo, sempre, o seu destino, saga.
Por entre os astros, erra em noite fria,
sem ter consigo a paz, que tanto busca,
o parco brilho, a lua apaga, ofusca,
tornou-se tão cinzenta e tão vazia.
O espaço noturnal a destitui
de tudo, até de encantos e esperança,
deixando-a, assim, errante, obscura, só.
Nas suas próprias rendas se dilui,
e dela não se vê os tons, nuanças,
na noite se resume a mero pó!
Cuiabá, 19 de Setembro de 2009.
Livro: Sonetos Diversos, pg. 50