Poeta canibal
Sou poeta canibal
Faço da carne viva da poesia
Meu alimento principal
Do português como as neologias.
Bebo até o sangue banal
Frenético cheio de sinestesia
Faço versos curtos, rasos, casual
Faço poesia sem fantasia.
Entre os homens sou poeta
Na poesia sou marginal
Na vida um gigante universal.
Nos sonhos fujo de ser pateta
Tenho um sonho original
Sinto ser poeta canibal.
São Vicente, 08/05/2008