Tu és meu rio...
Edir Pina de Barros
Tu és meu rio e vou correr em tuas veias,
invadirei teu leito, todos os recantos,
e, murmurante, cantarei os doces cantos,
rolando em teus confins, lençóis de seda, areias;
vou revirar-te as pedras, seixos, como anseias,
e beberei, nas doces águas, teus encantos,
e, sem pudor, hei de esgarçar mil véus e mantos,
dançar contigo a valsa, que no chão coleias;
e vou brincar, rolando, nesses mornos braços,
vou entregar-me a ti no teu macio leito,
amar nas alvas praias, como sempre quis;
depois de percorrido todos os espaços,
nas espumantes águas frescas me deleito,
e na barranca tua vou dormir feliz.
Cuiabá, 19 de setembro de 2009.
Poesia das Águas, pg. 113
Sonetos selecionados, pg. 71
Edir Pina de Barros
Tu és meu rio e vou correr em tuas veias,
invadirei teu leito, todos os recantos,
e, murmurante, cantarei os doces cantos,
rolando em teus confins, lençóis de seda, areias;
vou revirar-te as pedras, seixos, como anseias,
e beberei, nas doces águas, teus encantos,
e, sem pudor, hei de esgarçar mil véus e mantos,
dançar contigo a valsa, que no chão coleias;
e vou brincar, rolando, nesses mornos braços,
vou entregar-me a ti no teu macio leito,
amar nas alvas praias, como sempre quis;
depois de percorrido todos os espaços,
nas espumantes águas frescas me deleito,
e na barranca tua vou dormir feliz.
Cuiabá, 19 de setembro de 2009.
Poesia das Águas, pg. 113
Sonetos selecionados, pg. 71