Orgia vital! 

Eu sou tal qual navalha bem cortante
Sangrando a vida sem qualquer pudor
Sentindo seu perfume, o seu olor,
E bebo seus fluídos todo instante...
 
E rasgo suas veias, vou adiante,
Querendo dessa vida o seu sabor,
Derramo, de sua carne, o seu suor,
Como se fora, dessa vida, a amante!
 
Sedenta, sorvo seus vampiros beijos,
E bebo de seu leite, que é tão farto,
E, com prazer, eu causo tal sangria!
 
E vivo assim sem ter comigo pejos,
De sua louca orgia não me aparto
E sorvo sua seiva dia-a-dia...
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 17/09/2009
Reeditado em 04/10/2009
Código do texto: T1815668
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