Ao morto
Pergunto a ti matéria bruta
Onde esta tua alma morta?
Que deixaste a grande gruta
No mundo louco de muitas portas.
Pergunto a ti enterrado sem luta
Na pequena cova que nada brota
De grande lapide de letras curtas.
Onde ficou presa tua alma torta?
Tua alma fria, morta e sombria
Teu corpo podre não esconde a covardia
Por isso encontro-o no cemitério.
Do pasto calado cheios de mistérios
Onde está a alma tua podre e fria?
Cheia de calos da vida sem maestria.
São Vicente, 29/03/2008