APELO
Oh! Vem depressa, amor, que não suporto
a longa espera que maltrata tanto
dos meus olhinhos, já secou o pranto
e, com a vida, nem sequer me importo.
Ao frio vento sempre me reporto
por ti pergunto por todo recanto,
o meu penar, no imo, só, decanto,
e a te buscar o espaço sempre corto.
Oh! Vem depressa! Frio está la fora,
e faz imenso frio dentro d'alma
e tudo, dentro em mim, soluça e chora.
Oh! Vem! Antes que chegue o triste outono,
trazendo, em seu ventre, a morte, a calma,
trazendo, a mim, o interminável sono.
Oh! Vem depressa, amor, que não suporto
a longa espera que maltrata tanto
dos meus olhinhos, já secou o pranto
e, com a vida, nem sequer me importo.
Ao frio vento sempre me reporto
por ti pergunto por todo recanto,
o meu penar, no imo, só, decanto,
e a te buscar o espaço sempre corto.
Oh! Vem depressa! Frio está la fora,
e faz imenso frio dentro d'alma
e tudo, dentro em mim, soluça e chora.
Oh! Vem! Antes que chegue o triste outono,
trazendo, em seu ventre, a morte, a calma,
trazendo, a mim, o interminável sono.