Sede do Infinito
Tenho sede do infinito que vive em mim
Fome das alturas por onde voei alada.
Sou mendiga de esperanças sem fim,
Flamejo em mim a ânsia desesperada...
De ser flor, ser girassol, ser um jasmim.
E no jardim do sol outra vez ser plantada.
Desabrochar minhas pétalas de flor cetim,
Sussurrando-lhe... melodias perfumadas...
Cravejados em mim, desejos de esplendor,
Onde flutuam vivazes, nas asas do amor,
Manhãs de sonhos e tardes de bem-querer...
Que se debruçam à beijar do céu, pureza e cor,
Para prantear, enfeitar o choro, curar a dor,
E para sempre na luz do sol, poder viver.