Tempo de escuridão
Tempo de escuridão
Deste dia, que me deste tanto amor
Guardo a lembrança tanta alegria...
Daquele tempo que me fizeste calor
Conservo da louca paixão a fantasia.
Deste dia que aqui se faz frio, a dor
Tenho no peito, petrificada a magia...
Quem sabe um dia volta o esplendor;
Quem sabe volta, a mim, a poesia!...
Momentos da noite que toca o sino...
Na capela do alto um amor franzino,
Encobre-me, um mantéu esquecido.
Instantes de trevas que me devora...
Fazendo-me cruel ao findar da aurora,
Uma alma, de um amor adormecido.
(Poeta- Dolandmay)