Alegoria da lembrança

É noite, eu sentado na cadeira

ao meu lado só uma escuridão

livros, cadernos de anotação

lembranças, tédio e outra cadeira

Imagino alguém sentado nela

sem forma, corpo ou aspecto

ou como algo que o intelecto

N'outrem busca, quer e anela

Vejo-o, mas não nos olhos

que não os tem, só existem

Mas no todo que se projeta

Que com uma voz irrequieta

as ondas sonoras me assistem

E vejo-o, mas como a abrir ferrolhos.

Tiago da Silva
Enviado por Tiago da Silva em 13/09/2009
Reeditado em 06/09/2011
Código do texto: T1807237
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