VERSOS SÃO VÍCIOS...
Compor versos é o vício oriundo da vicissitude
Sem pé nem cabeça, sem aviso ou sem indício
Nutridos da cede viva e urgente de expressão
E nascem, brotam do ar, do mar, da quietude
Córrego límpido onde flui paz amor ou saudade
Tudo levado e lavado pela correnteza do sentir
Deslizam pelo peito, ora calmo, ora conturbado
Transpõem paisagens, margeando o pensamento
Iluminação e livre manifestação do sentimento
Imagens e mensagens chegadas como profecias
Transformados em dor, amor, tristeza e alegria
E em dores de parto, sentidas e logo esquecidas
O relâmpago iluminando o epicentro do Vesúvio
Ou o belo corcel em fuga mágica planando no ar
Ao precipitar-se tal cachoeira em sonoro dilúvio
Terminando em um suave remanso dos sentidos
No RECANTO encantado, eles nos fazem sonhar
Transmitindo emoção e catarse, ao serem lidos