IZABEL
IZABEL
De súbito em mim foi desperta a empolgação
há muito recolhida ao leito penitente.
Do coma induzido voou livremente
por mundos, há muito, baldos de emoção.
Seria, acaso, da fada o repente
que dum hausto avivou o fogo da paixão?
Ou é falso esse alarme – fogo padrão,
que os olhos sugerem ao corpo carente?
Olhar ardente; lábios da cor carmim ;
corpo mimoso, torneado, tudo enfim,
instalam na mente a atração e o carinho.
Mas há na Izabel diferenciais censores:
mente aberta, fértil, e sua arte, são valores
que percebem n’alma o amor em tom arminho.