IZABEL

IZABEL

De súbito em mim foi desperta a empolgação

há muito recolhida ao leito penitente.

Do coma induzido voou livremente

por mundos, há muito, baldos de emoção.

Seria, acaso, da fada o repente

que dum hausto avivou o fogo da paixão?

Ou é falso esse alarme – fogo padrão,

que os olhos sugerem ao corpo carente?

Olhar ardente; lábios da cor carmim ;

corpo mimoso, torneado, tudo enfim,

instalam na mente a atração e o carinho.

Mas há na Izabel diferenciais censores:

mente aberta, fértil, e sua arte, são valores

que percebem n’alma o amor em tom arminho.

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 12/09/2009
Código do texto: T1805862
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