Rascunho de amor I - II
(Tere Penhabe)
I
Eu era uma luz fraca se apagando,
Um sonho que dormia noite e dia,
Um vento que seguia balançando,
As folhas da palmeira que morria...
Eu era um quase nada, só soprando,
A folha seca, que o vento seguia,
O sol que nem estava mais brilhando,
A estrela torta que ninguém mais via...
Então chegaste, um dia, de repente,
Trazendo o abraço que eu mais precisava,
E um rascunho de amor encantador!
Agora eu vivo boba de contente,
Tentando desenhar o que eu sonhava,
Nos traços que me deste com louvor.
II
Mas posso precisar da tua ajuda.
Ainda não sei se vou poder contar,
Porque se esconde sob o teu olhar,
Uma verdade a se fingir de muda.
Que ainda me olha feio, carrancuda,
Por isso não consigo decifrar,
Se ela tem medo de se declarar,
Achando que eu talvez te desiluda.
Então venho propor-te um bom acordo,
Eu sou meio esquisita mas não mordo,
Empresta-me o teu doce coração...
Para que nele, eu tente desenhar,
Um sonho grande de amor e paixão,
Se me deixares, sei que vais gostar...
Santos, 09/09/2009
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