Se algum dia...
Se do amor, que por ti, agora tenho,
Algum dia, a qualquer tempo, nada restar,
Dizer que foi tolice ou não foi bom te amar,
Será fazer, do meu querer, um mero acaso... Desdenho.
É um amor ardente e tão sincero,
Que a dor, que suas forças, aos pouquinhos, mina,
Mesmo ela, esse amor intenso, já fascina,
Adiando a liberdade, que pacientemente... Espero.
Assim vou caminhando, nessa lida,
Deixando que a lembrança me console
Por ter dentro do peito amor... Tão grande.
Amor que às vezes morre, outras se expande,
Sem ter, sequer uma esperança, que o embale,
Alimentando-se, sem querer... Da própria vida.